domingo, 19 de setembro de 2010

Resumo da História da filosofia na História

RESUMO DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA – NA HISTÓRIA
Disciplina: Filosofia / Professor Jair L. Backes

Filosofia Antiga: século VI a.C. até século VI d.C.
Período composto pelos pré-socráticos, que discutem basicamente a questão da origem do universo ( tudo é originado pela água; outros defendem a tese de que a origem de tudo é o fogo, etc...); e os filósofos Sócrates, Platão ( mito da caverna), e Aristóteles, política e ética.

Filosofia Patrística – século I ao séc. VII
É conhecida como a filosofia dos padres, pelo fato de ser pensada pelos padres da Igreja romana. A Patrística se divide em: Patrística Grega e Patrística Latina, mas nos ateremos exclusivamente a Patrística Latina. A discussão básica neste período filosófico foi a questão da razão e da fé. Existem três teorias sobre esse tema:
1- Razão e fé são inconciliáveis. A fé é superior a razão.
2- Razão e Fé são conciliáveis, porém a razão esta subordinada a fé.
3- Razão e Fé são inconciliáveis, porém cada uma delas possui as características e importâncias próprias.

Filosofia Medieval – século VIII ao Século XIV
Este período também é conhecido na historia da filosofia como sendo o período da filosofia Escolástica, pois nesse período que a FILOSOFIA começa ser ensinada nas escolas. Nesse período também a Igreja tem todo o poder e conquista toda a Europa. Nascem as primeiras universidades. A discussão básica passa da Razão e Fé para a questão do finito (Ser humano, coisas) e o infinito (Deus). O método usado para a discussão e elaboração das teorias chama-se disputa, que consiste na defesa consistente das idéias baseado na Bíblia.

Filosofia da Renascença- século XIV – século XVI
Marcada pela descoberta de novas obras de Platão e Aristóteles. Três são as grandes linhas de pensamentos da época:
1-     Neoplatonismo: destaca a importância da Natureza e o ser humano como parte integrante dela, ou seja, o ser humano é um microcosmo.
2-     Originário dos pensadores florentinos, valorizam a política, defendendo as idéias republicanas contra o Império Romano-Germânico, ou seja, os poderes dos papas e imperadores. Pedem a liberdade política.
3-     Os que propunham o ideal do ser humano como próprio realizador de seu destino, através dos conhecimentos científicos, da política, e das técnicas, de forma especial das navegações.

Esta efervescência faz com que aconteça o rompimento da Igreja romana com os protestantes, que pedem a liberdade de  crença e pensamento. Em contrapartida a Igreja reafirma a Inquisição como tentativa de controlar está “revolta”. Principais pensadores: Dante, Giordano Bruno, Maquiavel, Keppler e Nicolau de Cuza.

Filosofia Moderna – século XVII a meados do século XVIII
Esse período também é conhecido como o Grande Racionalismo Clássico. Três são as mudanças culturais propostas:
1-     Surgimento do sujeito do conhecimento: O ser humano dá-se conta de que é capaz de conhecer. Por isso testa a sua capacidade de conhecer seu conhecimento.
2-     O ser humano percebe que tudo o que pode ser conhecido deve ser nomeado, com idéias claras e conceitos universais, formulados pelo intelecto, bem como a natureza, a sociedade e a política também podem ser conhecidas.
3-     Tende conhecimento da capacidade de conhecer, tendo denominado pelas idéias e intelecto as coisas, é preciso fazer a experimentação para ver se está certa ou não esta idéia concebida. Portanto a terceira mudança é a experimentação cientifica.
Portanto, predomina nesta época a idéia da conquista científica e da técnica de toda a realidade. Há a convicção que a de que a razão humana é capaz de conhecera origem e controlar as causa das paixões e emoções. Na política existe a mesma convicção, a razão é capaz de definir para cada sociedade qual o melhor regime político e como mantê-lo. Principais pensadores; Descartes, Francis Bacon, Hobbes, Galileu, Newton, Locke.

     Filosofia Iluminista – meado do século XVIII ao inicio do século XIX
Neste período a razão é chamada de luzes, e afirma que:
1-     Pela razão o ser humano conquista a liberdade e a felicidade social e política;
2-     A razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfectível, ou seja, liberta-se dos medos e superstições graças ao conhecimento.
3-     O aperfeiçoamento realiza-se pelo progresso das civilizações, que vão das mais atrasadas às mais adiantadas e perfeitas.
4-     Há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a Natureza é o reino das relações necessárias de causa ou das leis naturais universais e imutáveis.
Nesse período há grande interesse pelas ciências que se relacionam com a idéia de evolução e por isso, a biologia tem um lugar central. Igualmente é grande a preocupação com as artes. Outro interesse deste período é pela compreensão das bases econômicas da vida social e política, o que origina uma reflexão sobre a origem e a forma das riquezas das nações.
Principais pensadores deste período: Hume, Voltaire, Diderot, Rousseau, Kant.

Filosofia Contemporânea – Meados do Século XIX até os dias atuais.
O século XIX é um século marcado pelas descobertas históricas, ou seja, descobre-se a historicidade do ser humano, da sociedade, das ciências e das artes. Hegel, um dos grandes pensadores, diz que a História é o modo de ser da razão e da verdade, o modo de ser dos seres humanos e que, portanto, somos seres históricos. Esta concepção trás a idéia de progresso, ou seja,  os seres humanos melhoram, como o passar do tempo os seus conhecimentos e práticas, se aperfeiçoam cada vez mais. Surge a filosofia positivista com Augusto Comte, de onde nós brasileiros copiamos e fomos inspirados na própria bandeira: “Ordem e Progresso”.
No século XX, porém, a razão e a sociedade, dentro da concepção da historicidade, leva a crer que a Historia é descontinua e não progressiva, ou seja, cada sociedade tem sua própria história em vez de ser apenas uma etapa numa história universal das civilizações.
A idéia do progresso começa a ser criticada, porque serve como desculpa para legitimar o colonialismo e o imperialismo. As idéias de progresso no campo das ciências e das técnicas também começam a ser criticadas, mostrando que em cada época histórica e para cada sociedade, os conhecimentos e as práticas possuem sentido e valor próprio, e que tal sentido e valor desaparecem numa outra época. O passado foi o passado, o presente é o presente e o futuro será o futuro. É o continuo na sua descontinuidade.
Surgem a concepções em relação a razão instrumental e a razão crítica: razão instrumental: aquela técnica-científica, que faz as ciências e as técnicas, num um meio liberação dos seres humanos, mas um meio de intimidação, terror e desespero. A razão crítica, ao contrário é aquela que analisa e interpreta os limites e os perigos do pensamento instrumental e afirma que as mudanças sociais, políticas e culturais só se realizam verdadeiramente se tiverem finalidade e emancipação do gênero humano, e não as idéias de controle e domínio técnico - cientifico sobre a natureza, a sociedade e a cultura.
Nos últimos anos, um movimento filosófico, conhecido como desconstrutivismo ou pós-modernismo, vem ganhando força. Seu principal alvo é a critica de todos os conceitos e valores que, até hoje, sustentaram a filosofia e o pensamento dito como ocidental: a razão, saber, sujeito, objeto, história, espaço, tempo, liberdade, necessidade, acaso, natureza, homem, etc...
Campos onde se desenvolve a reflexão filosófica neste 25 séculos:
Ontologia ou metafísica; Lógica; Epistemologia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da História; Filosofia da arte ou Estética; Filosofia da Linguagem; História da Filosofia.

Resumo elaborado para ser utilizado no ensino da Filosofia, ensino médio, a partir da obra: FILOSOFIA. CHAUI, Marilene. Ed. Atica, 2002. “Livro do Professor”.
Professor: Jair Luís Backes
e-mail:luisbackes@yahoo.com.br
Ensino Médio – 2009.


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